O que nós realmente somos por baixo de todas as ideologias e padrões que vestimos? Não falo apenas de vestir no sentido limitado de roupas e tecidos que escolhemos (ainda que estas escolhas mostrem muito do que somos ou queremos ser) mas também dos valores que temos e das atitudes que tomamos em busca de um ideal de "ser".
Provavelmente uns 70% do que aparentamos é socialmente ditado, da cor das roupas ao corte de cabelo. Em determinados momentos, talvez até mais que isso. Até a medicina estética é muitas vezes ferramenta utilizada em busca da tal "aparência perfeita", mas que aparência é esta?
Hoje a moda é azul, amanhã amarelo. Hoje todos fazem operações corretivas para os olhos e amanhã voltam a usar armações sem lentes, pois voltou a estar na moda usar óculos: se tornou questão de estilo! Hoje é chique fazer parte de uma ONG beneficente que cuida de animais, mas amanhã o must podem ser as instituições de reciclagem - e aí danem-se os cachorrinhos abandonados! E apesar de ser bem difícil estar sempre na moda, dentro das tendências esperadas, tem aqueles que nunca deixam de tentar, e vivem correndo atrás dela.
(Um parênteses sobre a moda: Acredito que estar na moda é conseguir ser feliz com você mesmo, é a sua moda, a sua forma de ver as coisas - mas isso é muito particular).
Sem contar as inúmeras obrigações sociais que vestimos para que nos aceitem e reconheçam. Para ser bem recebido e viver bem em sociedade é necessário, no mínimo, aderir a certas regras e comportamentos, que passam a fazer parte dessa nossa máscara de todo dia. Vejam bem, não estou falando aqui de educação: princípios educados precisam fazer parte da vida de todos sim, é fato! Estou falando aqui das convenções sociais que cumprimos por pura obrigação, sem que isso melhore nosso relacionamento com o outro (como a educação) e sem que isso nos traga alegria (pois não nos trazem prazer).
Provavelmente uns 70% do que aparentamos é socialmente ditado, da cor das roupas ao corte de cabelo. Em determinados momentos, talvez até mais que isso. Até a medicina estética é muitas vezes ferramenta utilizada em busca da tal "aparência perfeita", mas que aparência é esta?
Hoje a moda é azul, amanhã amarelo. Hoje todos fazem operações corretivas para os olhos e amanhã voltam a usar armações sem lentes, pois voltou a estar na moda usar óculos: se tornou questão de estilo! Hoje é chique fazer parte de uma ONG beneficente que cuida de animais, mas amanhã o must podem ser as instituições de reciclagem - e aí danem-se os cachorrinhos abandonados! E apesar de ser bem difícil estar sempre na moda, dentro das tendências esperadas, tem aqueles que nunca deixam de tentar, e vivem correndo atrás dela.
(Um parênteses sobre a moda: Acredito que estar na moda é conseguir ser feliz com você mesmo, é a sua moda, a sua forma de ver as coisas - mas isso é muito particular).
Sem contar as inúmeras obrigações sociais que vestimos para que nos aceitem e reconheçam. Para ser bem recebido e viver bem em sociedade é necessário, no mínimo, aderir a certas regras e comportamentos, que passam a fazer parte dessa nossa máscara de todo dia. Vejam bem, não estou falando aqui de educação: princípios educados precisam fazer parte da vida de todos sim, é fato! Estou falando aqui das convenções sociais que cumprimos por pura obrigação, sem que isso melhore nosso relacionamento com o outro (como a educação) e sem que isso nos traga alegria (pois não nos trazem prazer).
Tenho a impressão de que, muitas vezes, nosso verdadeiro EU, aquele com que realmente sentimos, fica meio soterrado sob todas essas convenções e ditaduras - e mal consegue aparecer! E é aí que eu me pergunto, o que nós realmente somos sob tudo aquilo que os outros vêem em nós?
Será que alguém consegue enxergar?
Será que nós ainda sabemos?
Será que alguém consegue enxergar?
Será que nós ainda sabemos?