quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Noite e Dia


Setembro passou voando, e já acabou! Eu nem vi direito o mês passar, mas também pra mim, especificamente, setembro é um mês naturalmente agitado por aniversários e festas, e esse ano parece que as comemorações fixas se somaram a umas outras esporádicas e o tempo passou ventando...

As vezes eu gostaria que meu dia tivesse umas trinta horas sabem? Pra eu ter tempo hábil de fazer tudo que eu gostaria de fazer... porque não adianta, tempo para as coisas importantes e sérias sempre arrumamos: tempo para trabalhar, tempo para estudar, tempo para cuidar dos problemas... o que falta é o tempo pra passear, curtir os amigos e os amores, dar risada, assistir os filmes preferidos, essas coisas despretensiosas... mas que talvez no fundo sejam as realmente importantes!

Porque se for avaliar bem o importante é ser feliz, e ser feliz consome um tempão! :o)

É isso ai, já dizia Clarice, "não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito", e quer saber, estou com ela e não abro: ser feliz tem que ser prioridade, que depois venha o resto...

Não estou aqui incentivando deixarmos nossas responsabilidades de lado e sairmos por ai, a sermos felizes... rs Isso seria até cômico vindo de mim, justo eu que fico por ai pleiteando dias mais longos - e noites inifinitas...

Eu sou apaixonada pelo céu escuro... amo as noites, acho elas românticas, poéticas e graciosas, principalmente as de primavera, como a de hoje. Sejam frias ou quentes, as noites primaveris têm um aroma especial, quase que um gosto de felicidade embutido no ar, já sentiram? Acho até que a lua podia bem ficar mais umas horinhas conosco todo dia, que seriam bem aproveitadas dançando, festejando, namorando ou dormindo... Quem pode me culpar por insistir tardar mais a amanhecer quando a noite se faz tão doce?

Pensando bem, acho que está bom como está o número de horas por dia... porque se fossem mais horas certamente surgiriam mais compromissos inadiáveis, prazos irredutíveis e atividades compulsórias a realizar... deixa como está, doze por doze, que assim a lua participa suficientemente das nossas vidas, e eu continuo assim, sem tempo pra deixar de ser feliz!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Por onde anda Deus?


Essa semana li numa revista uma entrevista de uma famosa cantora de axé dizendo que fala com Deus pela televisão... é isso aí, segundo a musa dos seguidores de trio elétrico o Senhor manda sinais e mensagens para ela pelo televisor, através dos inúmeros programas evangélicos da madrugada. Com certeza a afirmação me foi estranha, mas não cheguei de todo a duvidar, afinal de contas cada um tem o direito de encontrar com sua fé onde bem entender... mas a reação a minha volta quando eu comentei não foi de aceitação.

O episódio também me lembrou da letra de uma antiga canção pop, dos oitenta/noventa, que eu adorava na adolescência... dizia algo como "sim ele é Deus, e eu sou louca, mas ninguém desconfia, pois disfarçamos muito bem e somos imortais, vou rezar, ligar o rádio, ficar invisível (...) Deus por favor apareça na televisão!", e esse era o som top, tocava sem parar nas rádios... Na época me recordo que as famílias não aceitavam muito bem a música, como se fosse uma espécie de desrespeito, mas vai saber se os compositores também não sentiam certa ligação entre sua religiosidade e os meios de comunicação?

Vejam bem, não estou aqui defendendo gregos nem troianos, e até pelas profissões que escolhi seguir na vida sou bem eclética quanto à religiosidade - tenho a minha, mas aceito a dos outros numa boa, a não ser que se torne agressiva com o que eu considero correto e humano - mas chega a ser engraçada a forma como alguns execram os meios de comunicação, com campanhas do tipo "televisão é a besta" e tal, e outros encontram justamente na telinha uma forma de receber ensinamentos espirituais...

Que Jesus foi o maior comunicador da história é fato, e que a televisão exerce poder sobre os telespectadores é outra grande verdade, portanto porque temos tanto preconceito com as situações religiosas ligadas a tv? Chega a ser engraçado isso, temos uma diversidade de canais religiosos, sejam eles católicos, evangélicos, espíritas etc. - enfim, tem pra todo gosto - mas todos são vistos de forma preconceituosa, exatamente o contrário do que pregam!

Aliás, sejamos sinceros, que fundamento tem qualquer guerra religiosa - tenha ela as proporções de dois países se destruindo ou dois vizinhos deixando de se falar - se no fundo, pelo menos em teoria, todas as religiões e agrupamentos religiosos buscam o mesmo ideal, a paz? Será que quando nos colocamos a brigar por "motivos religiosos" são estas mesmo as nossas razões, ou é simplesmente a dificuldade de aceitar as diferenças, ou a vontade de ser sempre melhor, do melhor grupo, do grupo da verdade que nos move? Situações como essa de hoje me fazem pensar se a religião algumas vezes não afasta mais as pessoas de Deus e de sua crença real do que as aproxima...

Enfim, certo mesmo estava aquele famoso texto Desiderata, que foi encontrado em um manuscrito numa igrejinha de Baltimore, que diz: "Você é filho do universo e merece estar aqui. Procure, pois, estar em paz com Deus, ou com aquilo que chama de Deus. Caminhe com cuidado e faça seu esforço diário para ser feliz." É isso aí, esteja em paz consigo e estará em paz com seu Deus ;o)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Alguns dias


Já dizia o grande Chico Buarque na letra de Roda Viva: "Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu". Eu hoje estou me sentindo um pouco como quem partiu, ou melhor, me sinto como se uma partezinha de mim tivesse partido.

Duas pessoas que eu amo, um casal de afilhados adorável, viajou hoje pra outro país, e pra uma nova vida. É claro que estou muito orgulhosa e torcendo por eles com todo coração, mas uma partezinha de mim está triste de doer, da falta que já estou sentindo de ter os dois por perto...

Talvez haja um certo egoísmo nisso... O fato de ver quem amamos partindo em busca de um grande sonho devia ser motivo de contentamento, de gargalhadas, e não de lágrimas... mas nessas horas o eu pesa, e pensar que essa pessoa não estará ao nosso em muitos momentos é dolorido.

E somos todos assim, não tem o melhor ou o pior. A partir do momento que somos cativados por alguém já sentimos como se fosse parte nossa, e ninguém sai por ai deixando seus pedacinhos pelos cantos... O papo da eterna responsabilidade por quem se cativa é uma das maiores verdades que eu já li, mas Saint-Exupery foi tão esperto que escondeu o sábio ensinamento entre as palavrinhas de um livro quase infantil, com aquarelas, que só aqueles que vêem com o coração são capazes de entender...

Pelo menos lavei a alma, e disse tudo que tinha a dizer pra eles... ou talvez não tenha dito nada do que deveria dizer a eles... mas creio que o essencial eu consegui demonstrar, a falta que farão por aqui e como a distância não pode realmente nos separar de nossos queridos. As despedidas são sempre peculiares, se diz muita coisa sem sentido, e também as coisas com todo sentido do mundo, que parecem nunca ter tido momento tão adequado para ser ditas! E ai de quem não as diz, fica com o arrependimento enroscado na garganta...

É isso... saudade é o sentimento que move o mundo, seja a saudade de alguém ou de algo, ou daquelas coisas que você nunca experimentou e nem sabe como pode ter saudade - mas tem! É pela saudade que muitas vezes evoluímos, que buscamos ser melhores, que buscamos soluções para as distâncias, para os problemas, para os amores sem-solução. Não é a toa que a palavra só existe em português, não é todo mundo que consegue sentir de forma tão complexa e ainda dar nome pra isso...

Enfim, já estou com saudades queridos... toda a felicidade do mundo pra vocês! O resto é blablabla de madrinha chorona... :o)

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Dia dos pais


Este fim de semana foi o dia dos pais. Ok, é uma data comercial, apelativa e blablabla, mas não deixa de ser um bom momento pra estarmos com pais, avôs, tios e familiares queridos que nos auxiliaram no contrução de quem somos...

Eu sempre fui uma fiel adepta do dia dos pais, com direito a presente, festinha, surpresa e tudo mais, mas infelizmente este dia dos pais foi o primeiro sem meu pai. Como não tenho mais nenhum avô também o que me restou foi um enorme frozen no América pra passar o tempo!

E o dia dos pais tem toda uma preparação anterior, dias e dias em que a mídia descarrega mensagens emotivas sobre os consumidores, e eu já vim sofrendo por antecedência... nunca tinha percebido como essas datas comemorativas podem ser complicadas para quem não tem com quem comemorar... quando chegou na véspera eu já estava psicologicamente preparada pra passar o domingo todo chorando.

Mas nada disso aconteceu. O meu dia dos pais foi vazio, um dia meio triste, mas foi só isso. De repente percebi que lembrar do meu pai não era algo que me fazia mal. Lembrei de muitos dias dos pais que passei com ele, em muitos lugares, e em tantos presentes... até no último, ano passado, quando ele estava na UTI e eu apareci no hospital com uma televisão portátil, pra ele assistir a novela - meu pai morrreu algumas semanas depois do dia dos pais, numa quarta-feira ensolarada de setembro.

E lembrei também de todas as viagens que fiz com ele mundo afora, de todas as aventuras que embrenhamos e deixavam minha mãe doente, de quando comecei a trabalhar e ele foi um chefe tirano mas me ensinou a dirigir uma escola como ninguém, de quando eu entrei pra faculdade de pedagogia mesmo ele querendo que eu fizesse alguma outra coisa que me fizesse crescer na vida, tipo direito, e de como ele chorou na minha colação de grau, e disse que eu estava certa, e que se eu tivesse escolhido outro caminho a educação não seria a mesma...

Sempre fui a princesinha do meu pai, ele sempre me protegeu do mundo e me ensinou a me defender dele também, e é lógico que vou sempre sentir sua falta, mas esse domingo percebi que isso não é ruim. Ele me colocou no ballet, na aula de línguas, nas lições de piano, e tudo para eu ser a mais delicada e meiga das meninas... e acabou não sendo bem assim, mas eu sei que mesmo eu não tendo sido exatamente como ele imaginava que eu seria ele se orgulhou muito de mim, e até preferiu o resultado de sua cria.

Quando eu nasci meu pai já tinha cinquenta anos, e quando eu tinha seis ele foi internado com um problema grave e ficou entre a vida e a morte. Se recuperou completamente, superando todas as expectativas, mas sempre pairou sobre a minha cabeça o fantasminha do meu pai não estar lá. Outros problemas menores de saúde se seguiram, mas todos foram sendo superados. A idade e a vida que meu pai levou não ajudavam - filho de imigrantes da segunda guerra, construiu seu império do nada trabalhando como louco, numa época em que saúde e prevenção não eram o top 5. Com dezenove anos ele foi internado às pressas com um AVC, que acabou não tendo sequelas, mas meu primeiro "passeio" dirigindo com carta de motorista foi pro Hospital Samaritano, correndo, pra ver meu pai e o que tinha acontecido... aliás, nesses últimos anos me tornei praticamente hour concours do Samaritano, sou voluntária de lá inclusive, porque aprendi a gostar de um hospital, afinal era lá que as coisas acabavam ficando bem. Só por ai dá pra entender quantas foram as idas e vindas da minha família a hospitais, médicos e clínicas, mas meu pai sempre teve uma vontade tão grande de viver que parecia que nenhuma enfermidade ou idade o venceria... até que chegou sua hora.

Não é fácil crescer sem saber se seu pai estará ao seu lado na próxima fase da sua vida, ainda mais um pai companheiro, que sempre está ao seu lado... E por tudo isso eu orava, desde muito nova, pra que meu pai estivesse do meu lado quando eu me formasse, quando eu me casasse, que ele conhecesse seus netos - que ele sempre sonhou em ter. Eu rezava todas as noites pra que ele estivesse ali no dia seguinte, e para que me visse crescer, e isso é uma barra. Quando eu terminei com meu noivo achei que ele ia ficar depressivo, afinal ele já fazia planos dos passeios com os netos, mas não, ele queria quebrar a cara dele mesmo... meu pai sempre me surpreendia! E eu dizia que o amava todos os dias, sem tirar nem por, mesmo quando ele estava bravo comigo e se fechava no quarto eu dizia pela fresta, antes de dormir. Talvez por isso neste domingo eu não tenha chorado copiosamente pela casa, como muitas pessoas sem pai que conheço... porque eu disse tudo que eu precisava dizer enquanto ele estava vivo, e ao meu lado.

Meu pai nunca dormiu uma noite sem saber o quanto sua família o amava, e o quanto era importante. Nos melhores e nos piores momentos da minha vida ele esteve ao meu lado, e foi o melhor pai do mundo. Logo, não há pelo que lamentar, exceto talvez ele não poder estar ao meu lado nas minhas novas conquistas e fracassos, mas ele há de estar vendo de onde estiver. É isso, a relação entre pais e filhos não acaba nunca, mesmo que um esteja em cada plano.

E um conselho às minhas amigas que tem filhos e se separaram dos pais deles: preservem esta relação. Por pior que o indivíduo seja como marido/namorado ou o que for, prestem atenção à conduta dele como pai. Não se prendam ao quesito pensão para avaliar a necessidade da presença dos pais na vida dos filhos, pois ela ultrapassa muito tudo isso. Concordo que pais têm responsabilidades quanto ao sustento dos filhos, e devem ter este compromisso, mas ter um pai que nos ama, e que nos apóia não tem preço, e faz de nós pessoas mehores... o que seria da maioria de nós se não fossem nossos pais?

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O amor é fogo, e ponto.


As vezes o amor nos prega peças... e essa é uma realidade da qual não dá pra fugir! Já vi amigos que são super apaixonados e românticos caírem nas armadilhas do amor, e outros que se acham muito espertos, os malandros, também se verem caindo na armadilha antes mesmo de se dar conta... rs Hoje mesmo vi mais uma dessas situações e cheguei a conclusão de que o amor é mesmo um fanfarrão!

O grande lance é, o que nos faz amar alguém? O amor é um sentimento complexo, e até esquisito algumas vezes, porque ele parece funcionar em nosso corpo independente da razão, você acaba amando quem quer, quem não quer, quem pode, quem não pode, parece que o bichinho inventa ele mesmo as regras do jogo, e não tem quem possa ir contra.

Dizem que os mais avassaladores são os amores à primeira vista. Aquela pessoa que desde que você vê, pela primeira vez, não deixa mais seus pensamentos. Seja o olhar, o cheiro, a cor do cabelo, parece que fica martelando na cabeça. Entretanto eu conheço muitos casos de amores a primeira vista que só deram certo na segunda, terceira ou vigésima olhadela... rs Na verdade nem todo amor à primeira vista é entendido assim quando acontece, muitas vezes o casal acaba se entendendo muito tempo depois, mas no fundo sempre souberam, desde aquele primeiro dia, que era pra ser... ou não! Tem gente que jura de pés juntos que não dá certo com alguém, e quando todos menos esperam lá estão os dois entregando convites de casamento... rs rs rs

E aí entra também a coisa toda do destino, do fomos feitos um pro outro. Acho que ninguém foi feito pra completar ninguém não, se completa é porque o outro era imperfeito, faltava um pedaço, e isso não é bom, cria dependência. O amor não depende do outro, ele não precisa do outro, ele deseja o outro... e deseja como se não tivesse mais nada nesse mundo!

Talvez metade das dr's fossem evitadas se nós não confundíssemos amor com posse. E aí não tem o bom, nem homens nem mulheres, todos nós temos a tendência de cercar o que é nosso, de não querer dividir, mas isso estraga tudo! Não defendo a historinha do ninguém é de ninguém não, nada disso, mas o coração é livre, e se a pessoa tiver de se apaixonar por outra ela vai mesmo, por mais cuidados que o seu amor tiver... mesmo porque ela pode nem querer também! É assim, um belo dia você está lá conversando com a pessoa e na outra hora, tcharam, nada mais tem graça sem ela!

Há também quem diga que o amor é um jogo, mas essa eu acho que é uma mentirinha muito da sem-vergonha que quem não quer admitir que morre de amores que nem todo mundo diz... E eu não acredito por um motivo muito simples, se fosse um jogo seria o mais sem graça do mundo, porque ninguém sabe ao certo como jogar, e ninguém ganha! Mais hora, menos hora, todo mundo acaba se vendo no beco sem saída de amar alguém e não saber o que fazer com aquilo, tipo uma batata quente que não tem pra quem jogar!

O pior é que não tem como diagnosticar por quem você pode ou não cair de amores. Pode ser aquela pessoa que faz exatamente o seu tipo, ou exatamente seu oposto! Você ama alguém pelo conjunto da obra: a personalidade, o físico, o intelecto, as atitudes, os valores etc. Ou por nada disso... Tudo conta nesse momento, absolutamente tudo, desde o jeito de atender o telefone à forma de passar a mão no cabelo, de beijar, de saber se está tudo bem ou não, por isso os amores de verdade são insubstituíveis. Pode-se encontrar um rosto semelhante, um corpo semelhante, mas aquele "que a mais", aquele jeito de dizer bom dia, aquela mania doida de não comer o último biscoito do pacote, isso é impossível!

E eu acho que se pode amar muitas pessoas ao mesmo tempo, e de formas completamente diferentes. Pode-se até amar de forma romântica mais de uma pessoa, e ao mesmo tempo, e ainda assim cada um de uma forma diferente... Acredito nisso porque o amor é anamórfico, ele depende das partes pra ter um contorno, e se cada amor é um, todos podem coexistir - apesar de que dois amores românticos concomitantes podem bagunçar muito a cabeça de alguém...

Enfim, o x da questão são as peças que o amor nos prega! Porque sempre nos apaixonamos pela pessoa errada, na hora errada, do jeito errado e parece a coisa mais certa do mundo? Aliás, parece errado até vermos a pessoa, quando ela está do nosso lado de repente fica tudo muito certo... rs Por que a gente bate o pé que nunca mais vai se relacionar com alguém assim ou assado e quando vai ver está de novo com alguém do mesmo perfil, quando não é, inclusive, a mesma pessoa?

Essa coisa da mesma pessoa é, provavelmente, a maior das peças que o amor pode nos aplicar... porque foge tão completamente da razão que beira a insanidade.. rs O que nos faz insistir em nos relacionar com alguém de quem já nos separamos, que já não deu certo? Pior que isso, o que nos faz amar alguém que já nos fez chorar, e com o maior amor do mundo, como se as coisas passadas não tivessem mais importância? O que faz com que ignoremos o ditado do "figurinha repetida não completa álbum" e nos esforcemos ao extremo pra conquistar alguém que já foi nosso e mandamos embora, ou nos mandou embora...

* E nesses casos você se sente um pouco estúpido, pois pode estar dando a mesma cabeçada na parede, ou extremamente sortudo, pois pode ter tido uma segunda chance com a melhor pessoa do mundo. Ou você pode sentir as duas coisas, de um em um segundo, alternadamente, praticamente ficando doido, e ligando pros seus amigos uma hora feliz da vida e outra hora perguntando como permitiram que fizesse aquilo de novo... rs *

Acho que tudo isso só se explica pela ausência de explicações lógicas do amor. O amor ama e pronto, ele não pergunta se está certo ou errado, bom ou ruim, se você está de acordo ou não. Parece que as vezes até faz só de pirraça, quando você sabe racionalmente que não dá certo mas o coração bate disparado e você não pensa. Talvez seja essa a explicação do amor que todos procuram mas nunca encontram, o amor é a ausência total de raciocínio...

Com certeza, se houvesse um jeito de processar o amor algum dos meus amigos advogados já teria inventado a cláusula, mas se nem eles escapam de sofrer com o terrorista é melhor nós também nos conformarmos. E vamos tentando aprender com ele, torcendo pra que Drummond estivesse certo, e amar se aprenda amando...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Tudo aquilo que nem nome tem...


Clarice Lispector dizia assim, tenho em mim todos os sonhos do mundo, liberdade é pouco, o que eu desejo ainda não tem nome... e eu acho que sou assim também, eu ainda não descobri direito qual o nome disso, talvez nem tenha um nome, mas eu sei que é isso que eu quero...

Tem dias como hoje que eu paro pra pensar em todas as escolhas que eu fiz, em todas as pessoas que eu deixei fazer parte do meu caminho, nos acertos e erros que me trouxeram até onde eu estou hoje... e nessas coisas todas de filme melodramático que vêm na nossa cabeça quando paramos pra pensar na vida, e no que queremos realmente dela...

Cheguei a conclusão de que o que eu quero é ser feliz. E ponto. E ninguém tem o poder de me impedir disso, afinal todos nós temos direito à felicidade. Não quero ser feliz mimi cocó, tipo casa de bonecas, eu quero ser feliz mesmo, me jogar, chegar no topo do tudo e dizer: quer saber, era isso mesmo que eu queria, mas agora eu quero mais!

Não deve ser tão difícil alcançar a felicidade, apesar de alguns dizerem que ela nem existe, é coisa da nossa cabeça... Todos nós temos momentos felizes, alguns mais, outros menos, mas todo mundo tem, o grande lance é diminuir a distância entre eles, conseguir ser feliz com as pequenas coisas. As crianças são assim, se deslumbram com uma folha caindo, ou com os pingos da chuva, e nós perdemos essa habilidade conforme ficamos velhos (de corpo e de alma...)

Se conseguirmos colar os momentos felizes um no outro, como uma colcha de retalhos, ai então seremos plenamente felizes... não que não teremos mais problemas, mas conseguiremos ver quão mais importante que eles é a quantidade de coisas boas que nos acontecem a cada segundo.

Se prestamos bem atenção, em cada coisinha boa que nos acontece, parece uma verdadeira conspiração do cosmos a nosso favor! Mas as vezes a gente está tão down, envolvido com as coisas que não dão certo, que não vê mais nada :o(

Acho que é isso, estou em busca da felicidade, e quem estiver disposto a me ajudar ou se juntar na procura sinta-se a vontade. Estou fundando aqui um movimento por mais chocolate, mais sorvete de morango, mais banhos de chuva, mais passeios sem hora pra voltar, mais sorrisos, mais amor, mais vida...

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Nossos ídolos...


No dia em que Michael Jackson morreu eu não acreditei. Nada de ataque de nervos, não sentei no chão e chorei, não escrevi cartas de não-sei-quantos-metros pra levar ao velório, no qual, aliás, nem que convidada eu iria, pois achei de péssimo gosto toda aquela festança em torno de um caixão...

E o mais interessante é que ninguém que eu conheço teve esse tipo de reação descontrolada também, o que parecia é que simplesmente não acreditavam no acontecido. Todos trabalharam o dia todo, e ao chegar em casa souberam que o rei do pop estava morto, e a pergunta disseminou pelo msn, e-mails, telefone: como assim???

A grande verdade é que Michael Jackson, para nossa geração, de atuais vinte e poucos ou muitos anos, não foi uma pessoa. Ele representava um movimento todo!

Meu primeiro CD foi do Michael Jackson, o Dangerous... e detalhe que eu ganhei o CD para substituir o LP, que já estava todo riscado. As nossas danças eram inspiradas por ele, o nosso inglês se aprimorava enquanto cantávamos e não só eu como todos os meus amigos queriam ir ao seu show no Brasil, ainda que nenhum de nós pudesse entrar...

Ele realmente reinou, e reinou o mundo todo. Sua fama ficou maior do que suas pretensões, e talvez isso não tenha feito bem. Michael Jackson é um grande exemplo de como a exposição da mídia pode destruir o mais belo dos talentos. Ele foi tudo que a mídia quis, até que talvez não tenha sobrado mais nada para ser o que ele queria...

Quando ele cantou “it don’t matter if you’re black or white” ele influenciou toda uma geração, ele demonstrou que o preconceito racial precisava acabar, ele mostrou ao mundo milhares de fãs de todas as raças que curtiam juntos seu som... mas ele mesmo não conseguiu resistir à necessidade da perfeição, e por não se aceitar terminou a vida transfigurado, e de outra cor...

Ele gritou ao mundo que era preciso cuidar das crianças, “we are the world, we are the children”, quando na verdade sua própria infância não foi respeitada, e só foi buscada por ele depois de adulto, em Never Land. Na música “Heal the World”, uma de minhas preferidas, ele dizia, curem o mundo, mas acabou colocando a si mesmo em uma série de escândalos, inclusive com os filhos.

Entretanto, a essência de Michael sobreviveu a todos os contratempos, a todas as polêmicas... até hoje ele é um ícone, maior do que sua própria vida. Há cerca de dois anos atrás eu estava na faculdade de jornalismo e num festival de talentos fizemos uma remontagem de thriller, e foi fantástico. De repente todos sabiam a letra, todos sabiam a dança, thriller nights fizera parte da vida de todos que estavam naquela faculdade, de todos os cursos, de todos os cantos.

No dia do velório um dos alunos da escolinha, de quatro aninhos, estava cantando beat it, com o inglês mais distorcido que eu já vi, e me perguntou se eu conhecia o moço que cantava essa música e tinha morrido. Sentei e conversei um longo tempo com eles sobre o que foi Michael Jackson pra mim e pros adultos em geral, e o quanto as músicas dele influenciaram minha vida, e cheguei a conclusão de que Michael foi uma espécie de Hanna Montana da minha adolescência, um ícone do imaginário de toda uma geração...

Hoje eu entendo porque não conseguimos assimilar a morte dele. Michael continua vivo, pois sua história se misturou em tantos laços com as nossas que ele nunca vai deixar de estar presente. E muito provavelmente nossos filhos e sobrinhos, por nossa influência, acabarão, mais hora menos hora, cantando “'cause this is thriller, thriller nights, and no one's gonna save youfrom the beast about to strike” ou qualquer coisa do tipo...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Os filmes dos nossos netos


Sabem, as vezes eu fico pensando sobre como serão os filmes que nossos netos vão assistir... Será que serão como os nossos ou será que a indústria cinematográfica terá dado um salto tão grande - como o que aconteceu entre a época de nossos avós e a nossa - e nossos blockbusters parecerão a eles o que o cinema mudo nos parece, quando muito um retrô charmoso?

Apesar de que os nossos filmes, as vezes, já me parecem limitados, o que me faz pensar que talvez meus netos nem queiram assistir toda essa tranqueira, se salvando apenas um ou outro "Fabuloso Destino de Amelie Poulan", do cinema cult. A revolta com Hollywood não surgiu do nada, ela foi incitada pelo último Exterminador do Futuro, que eu assisti esse fim de semana.

Na boa, será que não seria mais legal se o filme tivesse alguma história? Eu curto o Exterminador do Futuro ok, a idéia de ficção, os milhões de tiros... mas a impressão que eu tenho é que com o passar da série os filmes estão regredindo no sentido de roteiro, história, ao mesmo passo que avançam em tecnologia de gravação e de recriação de máquinas.

Outra situação que me chamou atenção foi a participação de nosso amado Exterminador original no filme. Claro que ele tinha que aparecer em algum momento da história, afinal nada mais justo um vez que ele deu personalidade ao personagem, mas o papel em que encaixaram ele nesta produção é no mínimo ridículo, uma micro aparição esquisita, fala sério né?

O mais engraçado é que, no filme, o robô do Schwarzenegger, numa bela briga com o protagonista, é congelado e fica com os dedos - ou sei lá como chamam dedos de robô - endurecidos, lembrando uma artrose... e galera, na boa, é bem por aí! Sem maldade com o ator, que eu admiro muito, mas o personagem tem que sobreviver ao intérprete, leia-se ai a gama de James Bonds que já tivemos em nossas telas... a cor do cabelo muda, a altura muda, mas ele é O CARA, o James Bond, sempre, ele não aparece de um hora pra outra com uma bengala, ele está sempre pulando de pára-quedas no meio do oceano!

Tudo isso sem contar que a Star é uma criança, não só na ficção como na vida real. O filme que ela fez ela não deveria nem assistir, devido ao índice de violência que ele apresenta, logo, estamos em 2009, que tal pensarmos melhor neste tipo de exposição de crianças a assuntos inadequados?

Bom, basicamente é essa minha opinião sobre os novos caminhos de nossos velhos filmes preferidos. Séries de filmes deveriam respeitar os fãs que esperam alguma história delas! E se o Terminator continuar por este caminho, no próximo filme em vez de artrite o robô do Arnold vai estar de óculos pra leitura, usando uma bengalinha pra lutar... hasta la vista baby, mesmo!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A Bela e a Fera


Pode parecer meio infantil, mas é a minha história preferida! Uma moça que vive com o nariz enfiado em livros, lugares distantes, duelos de espadas e no final um príncipe escondido... vai gente, é a minha cara!

Mas sabe, eu acho que essa história tem muito mais a oferecer do que o básico: princesa conhece príncipe e após enfrentar o malvado vilão ele se casa com ela. A história da Bela e da Fera entra em muitas esferas de nossa vida, talvez por isso emocione tanto as pessoas, e esteja com sua milionésima montagem aqui no Teatro Abril - aliás,belíssima montagem, chorei horrores... rs

Enfim, acho que o primeiro ensinamento da história é o amor entre a filha e o pai. Parece que isso passa desapercebido pelas pessoas, mas a Bela abre mão de sua vida por amor ao pai, ela se submete a passar o resto dos seus dias no calabouço de um monstro pra que ele tenha de volta a liberdade. Quer saber, acho que só quem já passou por coisa parecida é que sabe como é, mas a grande verdade é que o amor que une pais e filhas é uma das coisas mais fortes que existe, pelo menos eu com meu pai sempre fui assim. E se eu pudesse ter feito o mesmo que ela por ele eu teria, porque não há esforço que pareça grande demais quando se trata de salvar quem amamos... eu que o diga, você primeiro faz e depois pensa...

Bom, ai vem o ensinamento óbvio, nunca deixe de sonhar! No final das contas o maior pesadelo da vida dela se tornou um sonho, e tudo porque ela teve a coragem de enfrentar o desconhecido em busca de um ideal. Na verdade a Bela só encontra e compreende os encantos do castelo porque ela realmente acreditava em seus sonhos, nas histórias de seus livros de contos, de outra forma toda a magia do castelo a teria assustado, e invés de enxergar um príncipe na Fera ela pensaria que era um feiticeiro, bruxo, ou algo do gênero.

Ah, e o mais importante, nunca deixe de acreditar nas pessoas... As pessoas podem sim mudar, elas podem se construir e se reconstruir o tempo todo. Nunca acredite em quem diz coisas como "não sei porque você ainda dá chance para fulano ou ciclano se redimir". Perdoar e acreditar que as pessoas podem se tornar melhores e mais humanas é como um dom, lindo, que nem todos têm, mas quem tem precisa preservar. A esperança e a fé em pessoas boas e um mundo melhor é a força motriz que pode salvar a humanidade. Crer que o próximo pode sim se tornar um ser humano melhor foi o grande motivo de me tornar pedagoga. Aliás, apesar de ter sofrido algumas vezes na vida por dar chances, por assim dizer, não me arrependo de nenhuma delas.

E tem mais um ensinamento que eu acho interessante, e também passa desapercebido pelas pessoas: aprenda a controlar seus nervos! Isso é uma grande verdade. Principalmente hoje em dia, que vivemos estressados e cansados, é muito fácil nos irritarmos e despejarmos um caminhão em quem muitas vezes nem tem culpa, ou em situações que não justificam... Controlar nossos nervos é a melhor maneira de cuidarmos de nossa saúde física e emocional, evitando atritos desnecessários com aqueles que amamos.

Claro que pode ser só o meu olhar de jornalista apaixonada por semiótica que vê tudo isso - e outras coisas mais - num conto de fadas antigo, mas realmente me sinto muito bem todas as vezes que assisto ou ouço essa história. Acho que muito além de uma história de amor ela é uma história sobre esperança, e sobre as escolhas que fazemos na vida. Nós escrevemos nossa história, e é a partir de nossas decisões que desenhamos como será nosso destino.

Quanto a mim, criança ou não, continuo com a cabeça enfiada nos livros, sonhando com meus lugares distantes e duelos de espadas, e, é claro, acreditando no felizes para sempre...

PS) Pra minha amiga Batatinha, de quem eu estou com muitas saudades, vai o PS... A Bella do Crepúsculo também não é Bela à toa... Ela ama a fera, e consegue ver nela alguém especial... mudaram os tempos, mudaram os lugares, mas a história é a mesma, enxergar além do superficial, se apaixonar pela essência...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Friday's


Hoje é sexta feira, dia de alegria! Eu sou suspeita pra falar, porque sempre fui fã da sexta-feira, até mais que do sábado, mas acho que mesmo os que não tem a sexta como queridinha acordam mais dispostos nela. O porque da minha preferência é muito simples... na sexta todo gato é pardo, porque o dia seguinte é sábado, dia de passear/descansar/farrear mais ainda, dependendo do ânimo!

A sexta já amanhece prevendo o último (ou penúltimo) dia de trabalho da semana, e já aguardando pelo esperado happy hour dos finsde tarde de sexta, em que encontramos velhos amigos ou confraternizamos com nossos colegas de trabalho. Não é à toa que uma das maiores redes de lanches mundial chama-se Friday's

Pra quem namora a sexta também tem um gostinho especial... gosto de pipoca quentinha na poltrona do cinema vendouma comédia romântica - ou para os casais mais bagunceiros um suspense ou até terror. Mesmo porque filme de terror com namorado é como uma terapia, você grita, se assusta, chora, mas depoisse aconchega no abraço dele e fica tudo bem! Sem contar os casais que preferem o conforto do sofá, ainda maiscom o frio que está hoje, e se entregam a um dvd debaixo do cobertor, afinal de contas é pra isso que existem osserviços de delivery de pizza... rs

E pros solteiros a sexta é dia de balada! Dia de procurar alguém, ou alguma coisa, ou só colocar o pé no mundo e se divertir pra abrir os festejos de final de semana. Como volto do trabalho pela Avenida Faria Lima, aqui em São Paulo, e às vezes volto na sexta a noite - como hoje, acabo sentindo bastante desse movimento de gente querendo conhecer gente, pessoas querendo ganhar o mundo. E a vibração da moçada nesse clima é tão gostosa que até alivia o stress do trânsito... que aliás, de sexta-feira tira qualquer um do sério! Só a mágica da sexta mesmo pra aliviar.

E o mais curioso é que quase todos estão sempre procurando alguma coisa na sexta... os casais muitas vezes se queixam de não sair mais, e os solteiros muitas vezes se queixam de não encontrar alguém pra dividir as pipocas de sexta nocinema. Acho que faz parte do ser humano essa eterna busca pelo diferente, mas enfim, contanto que a queixa inicial se torne motivo para logo perceber o quanto é feliz em sua atual situação - o que quase sempre acontece mesmo - ou pelo menos pra entender que suas escolhas é que levam a sua realidade, fazparte também da sexta essa perguntação toda...

Ah, um brinde às sextas-feiras... :o)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Etc


Existem muitas expressões que usamos e não temos idéia do que se tratam, simplesmente absorvemos o significado e vamos utilizando, como achamos melhor... e nessas situações muitas vezes a linguagem é assassinada, sem sombra de dúvida!

E o problema ultrapassa o não saber do que está falando. Em certos casos, como o do tal etc, o próprio emprego da expressão em frases é feito de forma tão errada que torna o texto todo meio estranho, e é isso que devemos evitar. Trocando em miúdos, é muito importante saber o que estamos falando, e empregar as expressões "estilosas" de forma adequada.

Vocês devem estar se perguntando quando foi que este blog se tornou um manual de língua portuguesa, mas não é nada disso... rs É que uma situação inusitada trouxe o assunto à tona: eu estava com meu irmão no elevador e um aviso tinha a mensagem final: "Avise seus parentes, tios, avós, crianças, e etc". Ele então comentou que a frase estava certa, e eu perguntei por que, intrigada com o súbito interesse dele pela língua portuguesa - que convenhamos nunca foi das áreas preferidas dele...

Enfim, ele citou o óbvio, faltavam as reticências! Ou seja, se o cidadão escreveu etc não podia colocar as reticências, que todo mundo coloca... rs É interessante a forma como as pessoas tendem a associar a expressão etc com o uso de reticências. Enfim, ai eu comentei com ele sobre o real significado de et cetera, e expliquei que a histórias das reticências ali era o menor dos problemas, feio mesmo estava a vírgula antecedendo e o "e etc", que ninguém merece e é capaz de enfartar um professor de português mais desavisado.

E justo o meu irmão, que quase nunca se abala com nada, ficou pasmo, me olhando, e depois soltou um sonoro "não é que você sabia mesmo do que estava falando"... rs

Quando essas coisas acontecem eu fico realmente intrigada: será que eu adquiri esse senso crítico todo com textos pelo meu trabalho ou são poucas as pessoas que dão bola pro que escrevem hoje em dia mesmo? Porque o aviso deve estar lá há algum tempo, e ninguém se pronunciou sobre sua correção... O que eu sei é que principalmente quem usa as palavras como ferramenta de trabalho deveria ficar mais atento, pra não passar por assassino do português nas paredes e quadros de aviso por aí...

Ah, e quanto ao meu irmão... bom, deixa ele com as reticências, que a vírgula e o ezinho ele já entendeu que não podem ficar lá antes do etc! Aliás, ele que sugeriu que nosso episódio viesse parar no blog, pois segundo ele "mais alguém podia aprender alguma coisa hoje..." rs rs rs rs rs

Última lição do dia, que nada tem a ver com a língua portuguesa: se todas as pessoas tivessem a humildade de entender que não sabem de tudo e quisessem compartilhar o que aprendem com os outros o mundo certamente seria melhor! Parabéns Bro! :o)

terça-feira, 16 de junho de 2009

O poder da mídia


Diz a história recente que a imprensa é o quarto poder, e que muitas vezes supera até mesmo os três primeiros, e é bem por ai que as coisas se desenham...

Quando falamos em liberdade de expressão talvez a expressão liberdade devesse ser substituída por poder... poder de expressão, pois é isso que realmente temos. E é nessa linha, da capacidade que a comunicação detém de mobilizar massas e construir imagens que vem a idéia nada enganada do quarto poder.

O que é muito complicado nessa equação são as funções dadas à comunicação... porque se a mídia se limitasse às boas informações, que têm utilidade pública, ela seria maravilhosa - mas também não teria graça nenhuma!

E é daí que surgem novelas, romances, reality shows, da necessidade de diversão da população, que a mídia sacia. Acontece que nesses programas que nada têm de informativo também está havendo comunicação, e mensagens também estão sendo passados, ainda que não sejam as mais adequadas. E essas informações recebidas muitas vezes não são percebidas pelo espectador, mas passam a fazer parte de seu "banco de informações" de forma subliminar.

Um belo dia, quando você repara, parece que todas as meninas usam os brincos da protagonista da novela, todos os rapazes usam o cabelo como o da estrela do reality show... e o fenômeno atinge todas as classes sociais e faixas etárias, pois todos querem se deixar atingir, todos querem ser pop!

A mídia muda nossa moda, nossos conceitos, nossos estilos, e nem percebemos... Até que chegamos ao ponto de muitas vezes ter de resistir ao poder da comunicação para manter nossos próprios padrões, e renegar o fashion passa a ser questão de muita coragem! Essa influêcia midiática pairando sobre nossas cabeças não é nada saudável!

Entretanto não seria justo massacrar os veículos de mídia por esse "abuso de poder", afinal de contas quem confere esse poder todo a eles são os seguidores. Ou seja, entramos naquele velho dilema do biscoito, a mídia controla a massa ou a massa se espelha na mídia? (vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais, lembram?)

Enfim, meu intuito aqui não é discutir o indiscutível, mas simplesmente alertar sobre o poder que todos temos nas mãos para a comunicação. Não estou aqui incitando uma passeata para contra o modelo do vestido da moça da novela, mas também não devemos nos deixar levar pela mídia o tempo todo, devemos manter nossos pontos de vista apesar de modismos, e o mais importante é que todos saibam a arma nuclear que têm nas mãos com a sua palavra!

As vezes ouço alguém dizer: "eu até falaria alguma coisa, mas não adianta só eu falar...". Pois bem, vou contar um segredo para vocês, vale a pena sim! Uma voz pode estimular outras mil vozes, e todos os grandes movimentos surgiram das idéias de uma única cabeça, que teve coragem e disposição de contagiar a outros com seus ideais.

A hora que o ser humano se der conta de quanto poder evolutivo tem através da comunicação não vai mais se deixar levar pela mídia, mas vai tê-la como sua aliada em busca de um mundo melhor.



segunda-feira, 15 de junho de 2009

As vezes não é fácil ser bonita...


Essa semana, em uma entrevista coletiva, uma das musas de Hollywood respondeu dessa forma ao repórter, explicando que muitas vezes a beleza a atrapalha, pois o esteriótipo da mulher bonita muitas vezes impede as pessoas de perceberem outras qualidades nela, ou faz com que automaticamente a rotulem como uma pessoa vazia...

Claro que num primeiro momento a declaração da beldade pode parecer extremamente arrogante, mas se analisarmos a questão a fundo percebemos que existe uma grande verdade nela. A sociedade atual está dando tanto valor à beleza que acaba renegando a essência de muitas mulheres, lhes negando o direito à inteligência e a independência de opiniões, simplesmente rotulando-as como musas.

E o mais triste é que em grande parte esse conceito distorcido de beleza é instaurado pelas próprias mulheres. Lipoaspirações, próteses de silicone, cirurgias plásticas e outros artifícios estéticos que auxiliam as mulheres na busca da beleza estão sendo procurados cada vez por meninas mais novas, que não conseguem mais enxergar a beleza das diferenças e das etnias, querem todas ter o mesmo padrão das novelas. Vejam bem, não estou me referindo a todas as mulheres que recorrem a tratamentos estéticos, pois acho muito válido a mulher se valorizar e se sentir bonita, contanto que mantenha sua autenticidade. Em outras palavras, o silicone não é um problema, a não ser que ele atinja o cérebro, desestimulando a capacidade de pensar e tornando a mulher escrava de sua própria beleza invés de tê-la como sua aliada...

Essa situação chega a ser triste, porque não se têm notícias de que estas meninas estão lendo mais livros, ou se preocupando mais com sua saúde e formação... o valor está voltado para o exterior, a aparência, mas e do conteúdo, quem cuida?

E a busca pela perfeição estética já ultrapassou os limites da vida social. Muitas pessoas estão tendo problemas profissionais por questões estéticas. Todos os dias chegam ao nosso conhecimento histórias de pessoas extremamente competentes que perdem seus empregos para outras mais bonitinhas, ou mais novas. Esse é o tipo de comportamento que não deveria ser aceito, mas acontece com frequencia e ninguém mais se admira...

Agora, o que mais me impressiona é quando acontece o contrário... quando a beleza atrapalha sua vida profissional e se torna uma espécie de impecilho para seu trabalho. Eu posso afirmar categoricamente que isto acontece, e é capaz de frustrar de forma absurda a pessoa afetada!!! E é nesse ponto que eu concordo plenamente com a musa hollywoodiana, a beleza pode atrapalhar sim! Quando nos vemos na situação de fazer um grande trabalho e ninguém dar muita atenção por achar que somos um enfeite, seja no escritório, na fábrica, onde for...

Está mais do que na hora de nossa sociedade acordar pra uma realidade latente: inteligência e competência independem de beleza - e podem ser complementares. Não podem todas as mulheres belas serem consideradas fúteis, pois não o são! Lindas mulheres executivas não tem necessariamente casos amorosos com seus chefes, elas podem simplesmente ser competentes ok?

E para as Barbies de plantão cuidado! Se olharem as prateleiras das lojas de brinquedos verão que até ela já deu uma repaginada no visual... E resolveu trabalhar e estudar, pois hoje vem, além da versão Malibu, nas versões veterinária, médica, professora etc. A beleza exterior e a interior têm de andar juntas, senão o passo desanda!

domingo, 14 de junho de 2009

Essas crianças!

As crianças sempre me surpreendem. Podem ser meus alunos, meus sobrinhos, ou alguém que acabei de conhecer, sempre me chama a atenção a forma inusitada com que eles conseguem reconstruir as situações... e muitas vezes contornar nosso pensamento adulto!

Temos a estranha tendência de achar que as crianças de hoje são como as crianças que fomos, e este é nosso erro primordial no trato com elas, que faz com que elas desconsiderem nossa opinião. O mundo mudou, e a cada dia nascem mais crianças que vivem numa realidade muito diferente da nossa infância. No ritmo acelerado em que evoluímos pode-se dizer até que muitas crianças estão ensinando os adultos em aspectos tecnológicos.

Enfim, é um dilema, podemos ter o controle total da situação e mantê-los em um nível de conhecimento confortável pra nós, ou podemos deixá-los ganhar o mundo, mas em contrapartida aprender a ouví-los e respeitar suas opiniões...

Como tia que sou - de sobrinhos e alunos - tenho uma opinião categórica quanto a isso: deixemos as crianças nos levarem! É claro que elas precisam de margens de comportamento, afinal estão aprendendo a viver em sociedade, mas precisamos deixar que elas saibam como são competentes e capazes.

É claro que isto não é fácil! Vivemos em uma sociedade que mantém desde sempre uma sólida família patriarcal, em que os pais falam e os filhos escutam, mas noso século implora que já não se fale nem escute, e sim que se converse...

E não adianta, todos dizemos que temos uma visão diferenciada da nova infância, mas temos inconscientemente a mania de camuflar a verdade deles. Dia desses por exemplo, num joguinho de tabuleiro com meus sobrinhos e a mãe deles, surgiu a seguinte pergunta: "qual a bebida que eu menos gosto?". A mecânica do jogo era, alguém responde a pergunta e os outros adivinham, e era minha vez de responder, então logo pensei "nada alcóolico". Pensei isto porque em minha cabeça - e da maioria das pessoas - é o mais sensato, afinal meus sobrinhos tem sete e cinco anos, e repondi "leite". Acontece que os dois responderam a mesma coisa, cerveja. E era verdade! Esquecemos por um minuto que as crianças de hoje participam dos assuntos adultos com frequência, e não podemos ignorar que eles têm um conhecimento de mundo rico, principalmente do funcionamento familiar ao seu redor. Negar que eles sabem bem do que acontece a sua volta é como, de certa forma, negar sua inteligência...

A grande questão é, como não adultizar as crianças antes da hora, expondo-as a um nível de informação excessivo, sem deixar de lhes dar o direito de conhecerem o mundo e crescerem tano quanto lhes é possível?

Eu, particularmente, reflito sobre isso quase que diariamente, e aconselho a todos que façam o mesmo... as crianças são nosso futuro! Mais do que belas edificações e estudos científicos avançados, nosso futuro depende das pessoas que estarão lá - e por um acasdo essas pessoas já estão por aqui, é só olhar pra baixo quando estamos passeando no shopping aquelas pessoinhas lindas, pequeninas, tentando entender tudo e encontrar seu lugar num mundo de gente grande.

E lutemos pra que nunca, de forma alguma, as idéias de nossa juventude sejam descartadas, ou deixem de ser reconhecidas, pois talvez esteja em suas pequenas cabecinhas o começo das fórmulas que um dia mudarão toda a nossa vida... É como já dizia o ditado: "não sabia que era impossível, foi lá e fez"! Se não limitarmos as idéias de nossas crianças, com impossíveis e improváveis, eles acabarão pensando o inimaginável e consertando o mundo, sem ter sequer a noção de quão grandiosas suas pequeninas idéias podem ser!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Amores

Essa quinta-feira chuvosa já amanheceu mais gostosa... é feriado, o que já torna nossos dias mais alegres! Este feriado, no entanto, é mais especial do que a maioria, pois vai incluir o Dia dos Namorados.

Então hoje os preparativos são dobrados, muitos vão abrir mão do esperado descanso do feriado para cuidar de preparativos para as comemorações de amanhã e comprar presentes para seus amados. O dia dos namorados inspira os amantes e os amores!

Mas o Dia dos Namorados pode ter o efeito contrário também, deixando mais carentes aqueles que não encontraram um par e passarão a data sozinhos ou com os amigos... ou aqueles que não tiveram sucesso em seus relacionamentos e após anos de "dias dos namorados" acompanhados agora encaram de uma nova forma, solo...

Acontece que a maioria das pessoas esquece o significado da palavra namorado! Namorado vem de enamorado, aquele que se enamorou por alguém... em outras palavras, esse lance de posse - meu namorado isso, minha namorada aquilo - não tem nada a ver com o namorar original, pois este não depende sequer do outro! Quem se enamora não tem muita escolha senão amar, por mais defeitos que o outro apresente...

É exatamente isso, estar enamorado independe de ser correspondido! É claro que num relacionamento os sentimentos são (ou deveriam ser) recíprocos, mas muitas pessoas são enamoradas sem estar com seus amados... e esse é o verdadeiro sentido do dia dos namorados... celebrar o amor que as pessoas sentem, e que as encanta.

Como já dizia Mário Quintana, "o amor é quando a gente mora um no outro", ou seja, quando um outro passa a ser tão importante quanto nós mesmos, como se fosse parte integrante. E nem sempre nesses casos se é possível estar junto. Mas mesmo separados amantes serão sempre amantes e serão sempre amáveis...

Então é isso, que nesse Dia dos Namorados todos nós consigamos encontrar dentro do coração os sentimentos românticos mais bonitos e celebrá-los! Se possível que estejamos com as pessoas amadas, sejam elas namorados (as), esposos(as), noivos(as), ficantes ou qualquer que seja a denominação... e se não for possível estar com estas pessoas fisicamente, que estejamos em pensamento, mandando todas as boas vibrações do amor aos seus corações.

Ah, e vamos lembrar de amar sempre sim? Sempre! Pois sempre vale a pena... ... :o)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

As Flores de Maracujá



Meu nome é Alessandra Gaidargi, e esse é meu novo blog! O antigo foi embora, junto com um monte de coisas que já não têm mais importância, e eu tive que despejar pra abrir espaço no armário da minha vida! Vou tentar explicar, de leve, quem eu sou, e o que é que estou fazendo aqui... Sou jornalista, e escrever se tornou parte fundamental da minha vida. Ser jornalista nem sempre é fácil sabe... as vezes a gente passa um pouco por cima do que pensa pra chegar num quase neutro, e isso não é muito legal, apesar de ser um baita exercício de auto-controle.


Experimentei essa tentativa de neutralidade de várias formas: assessora de imprensa, repórter de TV, escrevi matérias impressas pra jornal e coluna pra revista, fotografei... enfim, cheguei a conclusão que até para tirar um foto neutra é preciso muita concentração, e que a história de uma imagem vale mais do que mil palavras é uma grande verdade!


Hoje sou editora chefe de um site, assessora de imprensa e roteirista de um programa de rádio e entendo, melhor do que nunca, a responsabilidade do jornalista em saber o que fala. Aliás, isso é cinqüenta por cento do motivo deste blog, tentar mostrar como pode ser importante dizer o que pensamos!Os outros cinquenta por cento eu devo a vontade de escrever o que eu penso, sem tentar alcançar a tal quase neutralidade, só pra variar... rs

Além de jornalista eu sou pedagoga, tipo professora mesmo sabe, e adoro essa parte da minha vida também. A educação é uma das maiores forças do mundo, e a maioria das pessoas não tem a menor idéia do símbolo de poder que é ter a capacidade de ler e escrever. Educar não se resume a ensinar português e matemática, educar é ensinar a viver, a ter pontos de vista, a ter trato com o outro, e de certa forma somos todos educadores, não é cargo só de professor não! A grande diferença é a forma que vemos este dom, tem quem goste da idéia e tem quem não goste... eu amo. No fundo faz sentido, apesar de não parecer... a comunicação se conecta, entre as diversas mídias, e precisa ser revista e revisitada. Comunicar é educar, e educar é, de certa, forma, prover formas para se comunicar, tudo se une, num eixo central, chamado humanismo. Ser humano é ter a capacidade de comunicação, e voilá, aqui estou eu tentando me fazer entender...


Ah, eu também sou bailarina, já não danço mais profissionalmente porque, sinceramente, não tenho mais tempo! Mas não deixa de ser mais uma forma de expressão. Ser bailarina é meio que minha identidade secreta, uma coisa meio superman sabem? As flores de maracujá são os meus textos, que vão entrar no ar aqui. O nome parece complexo, mas não é: o apelido flor de maracujá me acompanha desde o primeiro ano, da primeira faculdade, e já me acostumei com ele. Claro que tem uma longa e divertida história, mas vai ter que ficar para outro dia...


Resumidamente, bem resumidamente é isso! Quem quiser ler o que eu escrevo fique a vontade, e quem quiser responder fique a vontade e meio ok? Fiquem com minhas ideias...


Bjo bjo
Alê


PS) Quem quiser continuar lendo a coluna "Mulheres gostam de..." acesse mulheresgostamde.blogspot.com, agora elas têm enderço próprio... ;o)