terça-feira, 4 de agosto de 2009

O amor é fogo, e ponto.


As vezes o amor nos prega peças... e essa é uma realidade da qual não dá pra fugir! Já vi amigos que são super apaixonados e românticos caírem nas armadilhas do amor, e outros que se acham muito espertos, os malandros, também se verem caindo na armadilha antes mesmo de se dar conta... rs Hoje mesmo vi mais uma dessas situações e cheguei a conclusão de que o amor é mesmo um fanfarrão!

O grande lance é, o que nos faz amar alguém? O amor é um sentimento complexo, e até esquisito algumas vezes, porque ele parece funcionar em nosso corpo independente da razão, você acaba amando quem quer, quem não quer, quem pode, quem não pode, parece que o bichinho inventa ele mesmo as regras do jogo, e não tem quem possa ir contra.

Dizem que os mais avassaladores são os amores à primeira vista. Aquela pessoa que desde que você vê, pela primeira vez, não deixa mais seus pensamentos. Seja o olhar, o cheiro, a cor do cabelo, parece que fica martelando na cabeça. Entretanto eu conheço muitos casos de amores a primeira vista que só deram certo na segunda, terceira ou vigésima olhadela... rs Na verdade nem todo amor à primeira vista é entendido assim quando acontece, muitas vezes o casal acaba se entendendo muito tempo depois, mas no fundo sempre souberam, desde aquele primeiro dia, que era pra ser... ou não! Tem gente que jura de pés juntos que não dá certo com alguém, e quando todos menos esperam lá estão os dois entregando convites de casamento... rs rs rs

E aí entra também a coisa toda do destino, do fomos feitos um pro outro. Acho que ninguém foi feito pra completar ninguém não, se completa é porque o outro era imperfeito, faltava um pedaço, e isso não é bom, cria dependência. O amor não depende do outro, ele não precisa do outro, ele deseja o outro... e deseja como se não tivesse mais nada nesse mundo!

Talvez metade das dr's fossem evitadas se nós não confundíssemos amor com posse. E aí não tem o bom, nem homens nem mulheres, todos nós temos a tendência de cercar o que é nosso, de não querer dividir, mas isso estraga tudo! Não defendo a historinha do ninguém é de ninguém não, nada disso, mas o coração é livre, e se a pessoa tiver de se apaixonar por outra ela vai mesmo, por mais cuidados que o seu amor tiver... mesmo porque ela pode nem querer também! É assim, um belo dia você está lá conversando com a pessoa e na outra hora, tcharam, nada mais tem graça sem ela!

Há também quem diga que o amor é um jogo, mas essa eu acho que é uma mentirinha muito da sem-vergonha que quem não quer admitir que morre de amores que nem todo mundo diz... E eu não acredito por um motivo muito simples, se fosse um jogo seria o mais sem graça do mundo, porque ninguém sabe ao certo como jogar, e ninguém ganha! Mais hora, menos hora, todo mundo acaba se vendo no beco sem saída de amar alguém e não saber o que fazer com aquilo, tipo uma batata quente que não tem pra quem jogar!

O pior é que não tem como diagnosticar por quem você pode ou não cair de amores. Pode ser aquela pessoa que faz exatamente o seu tipo, ou exatamente seu oposto! Você ama alguém pelo conjunto da obra: a personalidade, o físico, o intelecto, as atitudes, os valores etc. Ou por nada disso... Tudo conta nesse momento, absolutamente tudo, desde o jeito de atender o telefone à forma de passar a mão no cabelo, de beijar, de saber se está tudo bem ou não, por isso os amores de verdade são insubstituíveis. Pode-se encontrar um rosto semelhante, um corpo semelhante, mas aquele "que a mais", aquele jeito de dizer bom dia, aquela mania doida de não comer o último biscoito do pacote, isso é impossível!

E eu acho que se pode amar muitas pessoas ao mesmo tempo, e de formas completamente diferentes. Pode-se até amar de forma romântica mais de uma pessoa, e ao mesmo tempo, e ainda assim cada um de uma forma diferente... Acredito nisso porque o amor é anamórfico, ele depende das partes pra ter um contorno, e se cada amor é um, todos podem coexistir - apesar de que dois amores românticos concomitantes podem bagunçar muito a cabeça de alguém...

Enfim, o x da questão são as peças que o amor nos prega! Porque sempre nos apaixonamos pela pessoa errada, na hora errada, do jeito errado e parece a coisa mais certa do mundo? Aliás, parece errado até vermos a pessoa, quando ela está do nosso lado de repente fica tudo muito certo... rs Por que a gente bate o pé que nunca mais vai se relacionar com alguém assim ou assado e quando vai ver está de novo com alguém do mesmo perfil, quando não é, inclusive, a mesma pessoa?

Essa coisa da mesma pessoa é, provavelmente, a maior das peças que o amor pode nos aplicar... porque foge tão completamente da razão que beira a insanidade.. rs O que nos faz insistir em nos relacionar com alguém de quem já nos separamos, que já não deu certo? Pior que isso, o que nos faz amar alguém que já nos fez chorar, e com o maior amor do mundo, como se as coisas passadas não tivessem mais importância? O que faz com que ignoremos o ditado do "figurinha repetida não completa álbum" e nos esforcemos ao extremo pra conquistar alguém que já foi nosso e mandamos embora, ou nos mandou embora...

* E nesses casos você se sente um pouco estúpido, pois pode estar dando a mesma cabeçada na parede, ou extremamente sortudo, pois pode ter tido uma segunda chance com a melhor pessoa do mundo. Ou você pode sentir as duas coisas, de um em um segundo, alternadamente, praticamente ficando doido, e ligando pros seus amigos uma hora feliz da vida e outra hora perguntando como permitiram que fizesse aquilo de novo... rs *

Acho que tudo isso só se explica pela ausência de explicações lógicas do amor. O amor ama e pronto, ele não pergunta se está certo ou errado, bom ou ruim, se você está de acordo ou não. Parece que as vezes até faz só de pirraça, quando você sabe racionalmente que não dá certo mas o coração bate disparado e você não pensa. Talvez seja essa a explicação do amor que todos procuram mas nunca encontram, o amor é a ausência total de raciocínio...

Com certeza, se houvesse um jeito de processar o amor algum dos meus amigos advogados já teria inventado a cláusula, mas se nem eles escapam de sofrer com o terrorista é melhor nós também nos conformarmos. E vamos tentando aprender com ele, torcendo pra que Drummond estivesse certo, e amar se aprenda amando...

Um comentário:

  1. Alê, já tinha te disse isso, mas agora tornarei público: vc é demais e acho tudo o que vc escreve simplesmente incrível!
    Parabéns!!! beijos da sua mais nova fã, Milla

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