sábado, 6 de fevereiro de 2010

Todas as coisas nas quais optamos por acreditar...

Nessa vida existem verdades e mentiras. Essa é a real, não existem meia verdade e nem meia mentira, nem mentiras sinceras e nem verdades desnecessárias. Ou dizemos a verdade ou mentimos, ou ficamos quietos, essas são as opções possíveis, ainda que muitas vezes queiramos desesperadamente encontrar uma forma de amenizar a verdade, por assim dizer...

E quando se trata de crer funciona da mesma forma, existem as coisas plausíveis, nas quais acreditamos fielmente, e existem as coisas não-plausíveis, nas quais não acreditamos e ponto - e existem as variações dessas duas situações, é claro. Muitas vezes nos deparamos com situações em que acreditamos ou não, e outras pessoas tentam nos convencer de que estamos errados, mas isso dificilmente funciona... quando cremos em algo ou não apenas um motivo muito forte nos faz mudar de idéia.

Agora, e as coisas que optamos em acreditar, como funcionam? Existem perguntas que simplesmente não têm resposta, nas mais diversas áreas da vida, e como queríamos essas respostas não? Coisas relativas ao futuro e que envolvem sentimentos alheios geralmente se encaixam nesse quadro. E ai apelamos pro senso comum, nos abrimos com amigos, contamos o que nos aflige, e eles dão suas opiniões - uns acham que a pessoa gosta de você, outros não, uns acham que você pode ser bem sucedido mudando de profissão, outros não... e aí escolhemos, optamos por acreditar ou não que nossos sentimentos são correspondidos ou que nossas decisões são as mais acertadas.

O que eu queria muito entender é o que realmente nos leva a estas opções, será que é uma certa intuição ou apenas nosso desejo de que esta seja a verdade? Eu sei que eu opto diariamente por acreditar em coisas e em pessoas, principalmente em pessoas, e normalmente não me dou muito bem nessas. Ai sempre tem alguém que me pergunta: "Mas porque você achou que ele ia agir assim depois de tudo o que já aconteceu?" ou "Por que você não muda de atitude pra ver se dá mais certo em vez de insistir?" - e eu nunca sei o que responder, porque depois que eu vejo que optei por acreditar no lado errado parece bobo dizer que aquela parecia ser a única opção correta. Eu acho que não opto por essas verdades, elas é que optam por mim, é meio inconsciente.

Enfim, hoje percebi que escolhi acreditar numa coisa que não é verdade, infelizmente (aliás, já é a segunda vez essa semana). Optei em acreditar porque me fazia bem achar que as coisas podiam ser mais bonitas do que pareciam, que podia ter uma borboleta dentro do casulo da lagarta, mas acho que não tinha não. As coisas muitas vezes não são o que parecem, isso é uma verdade, mas as vezes temos que admitir que elas são do jeitinho que parecem mesmo. E nesse caso específico todos me apoiaram na minha opção, ou pelo menos a grande maioria das pessoas que se preocupam comigo, o que me conforta um pouco, pois pelo menos não fui a única a achar que a mentira era verdade.

De toda forma, cair na realidade de que acreditei numa situação inexistente é difícil e dói. Mas dói e passa - ou pelo menos costuma ser assim - e muitas vezes temos que olhar o lado bom da coisa: já que é pra cair na real que a gente caia logo, porque ninguém gosta de viver numa ilusão com prazo de validade.

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